sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Terra chamando!

Vocês já tiveram a experiência de estar concentrados em uma aula de exatas e não mais que de repente o seu coração acelera e um filminho passa pela sua cabeça relembrando alguns momentos da vida e então você desvia totalmente a atenção do professor para um outro alguém?

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A lei da vida

Segunda, eu cheguei em casa desesperada com os meus problemas, preocupada com o mundo a minha volta. Almocei correndo e fui dormir um pouco para ver se esquecia, no meio do meu cochilo só haviam pesadelos, resolvi continuar a batalha diária, levantei coloquei uma roupa que amenizava o calor e fui usar a impressora, para piorar, ela estava sem tinta. Olhei daquele jeito que iria destruir qualquer um que entrasse na minha frente. De repente, minha mãe acorda e se dirige até mim, calmamente e com os olhos de conforto diz: "A Bisa faleceu". Sem reação, eu era um ser totalmente forte e com as respostas sempre na ponta da língua, dessa vez, tudo sumiu. E meua problemas já nem eram meus, meu stress deveria ter ido para algum lugar bem distânte. Ela continua: "93 anos, já estava começando a sofrer, foi melhor assim". Pálida, eu pergunto: "E nós, não vamos a São Paulo". Com um ar confuso, minha mãe explica que o enterro já estava acontecendo, a notícia demorou para chegar até nós e agora já não adiantava mais. Meio inconformada, eu apenas coloco as mãos na cabeça e ainda ouço: "Devemos estar com as pessoas quando elas estão vivas, agora já não importa". Então eu me informo sobre os outros familiares, pego o meu material, despeço-me da minha mãe. Olho firme para longe e digo: "Preciso ir, já estou atrasada". E a minha vida continua, só que agora todas as outras coisas que atormentavam o meu dia não tinham mais nenhum significado. A noite, orei por ela e pelos outros. Estava bem. Hoje de manhã, peguei uma mensagem na caixinha da escola que dizia: "Lembre-se: há sempre alguém com problemas maiores que os seus".
Agora sinto SAUDADES, esse é só mais um espaço que estará vago no meu coração, esse vazio me assusta. Porém, já estou mais acostumada, aprendi que há certas coisas na vida que são inevitávei. Só não aceito o NUNCA MAIS, ainda tenho esperanças de reencontrar muita gente que se foi.
E deixo aqui a minha grande admiração por alguém que não foi menos do que guerreira!
Com muito amor e dedicação, amo você.

domingo, 26 de outubro de 2008

Esperança

Sempre esperei muito da vida. Hoje deixo a vida esperando por mim.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Olhos por todos os lados

Eu ando nas ruas com medo. Eu ando assustada. Todos me olham, ao meu redor tudo parece estar investigando os meus passos, uns com olhares maliciosos, outros inocêntes, outros sem saber o que estão olhando. E eu corro, com passos rápidos, olhando pelos vidros das vitrines, dos carros, ou até com olhares 43, preciso ter visão nos meus 360 graus. Preciso ser mais esperta do que quem me cerca. Até agora funcionou.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Pausa para o saco

Agora tudo volta ao normal, ou ao menos eu espero que seja assim. Bem na hora que eu me acostumeia a acordar para almoçar e só ir dormir um pouco antes do sol nascer. Exatamente no momento em que tudo parecia tão feliz, sem compromissos sérios, apenas festas todos os dias e pscina! Amigos que eu descobri ter, e outros que eu achei que tivesse...todos juntos,sorrindo, como se tudo fosse para sempre um conto de crianças. Sapos que viraram principes e depois voltaram a ser sapos. Recordações vieram para serem revividas e muitos planos foram feitos. E não parei de sonhar nem se quer um minuto. De repente, com o novo horário verão, a realidade voltou para mostrar o lado duro de viver.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Linha e agulha


Com uma tesoura pequena de ponta fina
eu vou cortando todos os pontos
que ficaram errados no tecido.
E calmamente, com uma linha de cor diferente
e uma agulha bem melhor,
eu vou costurando um novo caminho,
cuja regras de como traçar, eu determino.

Uma certeza

Agora tudo voltou ao normal. Diante de um desagradável jogo da seleção brasileira, muitas mesas lotadas de amigos, outros nem tanto assim. E bem próximos estavamos nós, como dois desconhecidos que evitavam se encararar, dois estranhos completamente perdidos sem saber como agir. Trocamos algumas pouquíssimas palavras que queriam dizer o fim e depois nos abraçamos jurando que estava tudo bem. Realmente estava, além de que tudo voltou ao lugar certo, eu na mesa com meus amigos, rindo de coisas bobas e planejando o futuro, ele já procurando a próxima vítima. Das outras vezes montavamos o nosso quebra-cabeça todo torto e mal arrumado e então nunca sabiamos ao certo se teria um fim concreto, desistiamos. Dessa vez foi um quebra-cabeça montado todo certinho, que na verdade era pra dar certo se não fosse as peças que nunca farão parte do nosso jogo e com certeza, agora sabemos que por mais que possamos tentar várias vezes, a história não passará de alguns erros e falhas. Por isso, agora tudo caminha para o seu canto, sendo o mesmo desprezível de sempre; que fora amor, eu só tenho horror. E definitivamente, não haverá mais amor. Convenhamos que seja melhor assim. Afinal vivemos em dois mundos completamente opostos.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Amanhã não será nada disso

O porquê eu já nem quero saber. Prefiro deixar tudo assim como está, sem nenhum tipo de planejamento, um dia de cada vez e daqui a pouco a gente vê o que vai dar. Se bem que eu já até sei como é esse fim. O jogo continua igual, melhorando a cada nova partida, hoje está melhor que ontem. Transparente sabe, sem segredos. Só que ainda somos os mesmos, com os mesmos defeitos, enfrentando os mesmos problemas e também alguns novos. E logo logo tudo volta ao normal, cada um seguindo a sua vidinha de sempre. E todos esses nossos sonhos serão mais uma vez só lembranças. A diferença é que agora eu já sei que não existirá um amanhã, e cá entre nós, é bem melhor assim.
Eu sou pecadora, eu sei, não resisto as tentações.

domingo, 12 de outubro de 2008

Voltou

Talvez eu tenha cometido o maior erro da minha vida, mas pela primeira vez eu estou realmente feliz por isso.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Era ELA, hoje sou EU

Depois de um bom tempo eu superei um dos meus maiores medos, abri um antigo texto que havia escrito na terceira pessoa do singular e fiz todas as alterações necessárias para ele estar na primeira.
Foi difícil, porém agora eu tenho coragem para falar de mim mesma:
Eu sou quem comete erros, quem chora escondida e mesmo assim estou sempre com um sorriso no rosto. Eu tenho muitos amigos, cuido de cada um como se fosse o único; não conheço meus inimigos, pois os trato como se fossem nada. Tenho uma porção de sonhos, algumas histórias engraçadas, um pouco de fatos tristes, uma pilha de momentos alegres e milhares de segredos, tão grandes que ninguém nunca saberá de tudo. Eu sou simpática, sei dançar e adoro cantar. Tenho olhares misteriosos e desejos secretos. Eu sei viver e não tenho medo de me apaixonar, conheço o sofrimento e o amor e acredito que esses opostos são uma coisa só! Eu guardo todos os elogios e esqueço as magoas, sei perdoar e confiar. Já ouvi muitas criticas, fui acusada por coisas que não fiz, resolvi problemas que nem eram meus e me dei mal. Porém eu também sempre tive quem me apoiou, quem me ajudou, quem fez de tudo para me ver feliz e até quem disse que me amava. Eu fui enganada, colocada em becos sem saídas. Entretanto escapei de todos eles. Eu conheci bem o que significa saudade, o gosto salgado das lágrimas, a derrota, a espera de notícias dentro de um hospital e o que é estar diante de um caixão. Eu amo minha família e entendo que são fundamentais. Eu viajo, eu estudo e ainda tenho tempo para hobbies. Estou sempre preocupada com a balança e com a moda. Eu exponho os sentimentos e nunca falo da boca pra fora. Eu acho errada a política, preocupo-me com o meio ambiente e acredito em Deus. Eu cometi pecados e fiz boas ações. Eu me iludi e me envolvi, cometi o mesmo erro mil vezes e em matéria de amor, não aprendo nunca, mas o problema é que eu insisto em dizer que amor de verdade só existe um, perde o brilho, mas nunca se apaga. Eu sou real. Eu vivo contos de fadas e volto à realidade quando preciso. Eu não me arrependo do que fiz. Eu provei do bom, e não se contenta com o mais ou menos. Eu ainda não encontrei o caminho da felicidade, mas aprendi que buscar a felicidade é o caminho. Eu ainda tento ser perfeita, ou pelo menos a pessoa mais perfeita para alguém...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Olhando para trás

Eu já subi no ponto mais alto do sofá da sala para voar, levei um tombo e descobri que não tinha asas escondidas embaixo da pele.
Por que só agora tudo faz sentido?

Mesma cena

O filme continua igual
o elenco mudou,
exceto a personagem principal
que ainda é a diretora geral.

"A cena repete, a cena se inverte"

Viver diferente, indiferente

Eu escolhi ser assim exatamente essa coisinha que chora de amor e sorri para estranhos; verdades machucam por isso eu invento a minha vida. Ela inteirinha é um teatro criado pelas minhas ilusões, como uma idéia que existe na cabeça, que fica subentendida. Uns dizem que isso é uma fraqueza, pode até ser, que seja então. Só que a alegria que isso me traz... Faz-me sonhar. E esse sonho, se não acontecer, ninguém precisa saber. Eu continuo sobrevivendo. Então o que eu ganho e o que eu perco são apenas meus segredos. Minha vida segue abstrata, totalmente fora da realidade. (Sometimes)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Mistério

Quem quebrou meu coração enquanto eu dormia?

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Cegonha

Confetes enfeitavam a mesa de jantar, o cheiro delicado dos perfumes mamãe e bebê se espalhavam pelo ar juntamente com o som doce do piano encostado em um canto qualquer. Era linda a forma como tudo cabia perfeitamente em seus devidos lugares, confesso que cheguei a pensar que era um daqueles planejamentos de casinha de boneca para comerciais de TV. Mas não, era o amor que não cabia em si e transbordava pelos corações daqueles que chegavam com lindos presentinhos para um anjinho. Traços desenhados exatamente como a beleza exige, pequenino na sua forma de ser e grande no seu modo de agir. Qualquer seguradinha no dedo de um gigante já era motivo de lágrimas nos olhos deste. E quando ele bocejava então, um coral dizia: "óóó, que gracinha". Juro que era mesmo uma graça. O papai orgulhoso "é um meninão de três kilos e meio" e a mamãe dengosa insistia "ele olha tudo ao seu redor, já conhece cada um de vocês". Realmente ele olhava curioso a cada ruído estranho. Eu tinha vontade de arrancar ele do bercinho e levar para a minha casa. Na saída veio mais uma ótima novidade, a lembrancinha era um pão de mel de chocolate. Adoro essa modernidade.