quinta-feira, 27 de maio de 2010

Não é medo de morrer

Eu não tenho medo da morte, mas ela me assusta muito! Hoje, consigo encarar esse fato de morrer como algo natural, afinal todos passarão por isso, certo?! O que vai acontecer durante ou depois, sinceramente, não faço idéia, quando me convém acredito naquelas teorias que me confortam...

Na verdade, o que me assombra nela é não saber quando irá acontecer, devido a isso, surge o maior medo da minha vida: não conseguir realizar todos os meus sonhos! Sabe, eu temo ferozmente em relação a estar fazendo planos, lutando e me esforçando e não poder colher meus doces frutos.

Eu, como qualquer ser humano que ‘viaja na batatinha’, passo horas pensando se realmente vale a pena não dar uma volta no parque em um lindo dia de sol, ou sentir as ondas do mar, ao invés de ficar com o traseiro colado em uma cadeira – que nem é tão confortável assim – estudando arduamente na esperança de, quem sabe um dia, conquistar o sucesso profissional. E quanto a minha poupança? Será mesmo que virei a usar todo o dinheiro depositado nela? Não compensaria estar investindo em viagens a Paris, por exemplo?!

Sou tão pequena, diante da imensidão dos mistérios que rodeiam minha vida... Às vezes até duvido de mim mesmo. Sério, o que será que me levou a sair do interior, do colo da minha amada e amável família para morar sozinha – conhecer o amargo significado da solidão – na maior cidade do país? Esperança de um amanhã melhor. Sim, eu sei que a resposta é essa, mas e se esse amanhã não vier? Além de perdê-lo, eu perco também o meu presente.

É por isso que a morte me assusta, entenderam agora o nexo de causalidade?

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Minhas justificativas

Manter um blog no ar é uma tarefa árdua, que exige além da dedicação, o elemento criatividade! E, ultimamente, ambos estão ausentes em mim... Talvez porque eu tenha estabelecido certas prioridades na vida, e “cuidar” desse meu cantinho de desabafo foi ficando de lado, um lado distante, um quase esquecido... O outro ‘talvez’ surge de um fato positivo: tenho andado mais feliz! E qual o nexo de causalidade? Simples, minhas inspirações costumam nascer nos momentos de fragilidade, medo, solidão.

Acredito que seja muito mais fácil manifestar o que se passa no meu intimo quando me sinto a ponto de um colapso nervoso e depressivo, porque é, justamente nesse instante, que quero gritar para o mundo o quanto me sinto injustiçada. E, convenhamos que tratar de assuntos dramáticos comove muito mais o ser humano – que encontrará um conforto ao saber que não é o único que passa por fases difíceis e intermináveis.

Preciso falar de alegrias, preciso aprender a discorrer sobre a tal eterna busca pela felicidade (que, às vezes, encontramos nas esquinas e becos).