Confesso que me adaptar em um lugar novo foi bem mais fácil do que eu imaginava... Será que era por que eu esperava uma grande mudança no ritmo de vida e no fim nem foi tão grande assim, ou será que realmente esse deslocamento na adaptação não aconteceu? Independentemente do motivo, foi melhor assim. Na verdade acordar às seis horas, voltar para a casa às treze e ter que preparar o meu próprio almoço parece um grande desafio (já vencido). Durante a tarde, permanecer no mesmo lugar com a cara nos livros (parece ser a parte mais complicada, juro que me acostumei e já nem vejo a hora passar).
Aos fins de semana a difícil escolha é o que fazer, variedades não faltam: entre bares, baladas, cinemas, shoppings, churrascarias, pizzarias, shows, teatros... ufa! E um mundo bem capitalista. Conhecer as ruas dessa metrópole é bem interessante, não apenas pelo fato de descobrir sempre novos lugares, saber aonde vai dar cada avenida como se fosse minha velha cidade, mas também por ver rostos diferentes a cada passo e não um ou dois, muitos. Cada um com seu modo de viver, suas manias, seus olhares, seus rebolados, suas roupas, seus penteados, mundos extremos que se misturam em uma única calçada, o rico e o pobre, o branco e o negro. E ninguém se incomoda com ninguém, são todos de uma mesma raça. Embora o medo algumas vezes atrapalhe essa união, medo de quem mesmo? De perder o que? Dos outros? Ou das nossas? Não importa afinal isso existe em todos os lugares, aqui não seria diferente. Respirar cidade grande é bom, mas sinto falta de um pouquinho de interior, não das coisas, mas de certas pessoas sabe?! Preciso agarrar essa saudade quando encontrá-las e voltar para casa, porque acredito que aqui é meu novo lugar.
sábado, 21 de março de 2009
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Um comentário:
Saudade de pequenas grandes pessoas, sabe?
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