domingo, 10 de maio de 2009

Segundo domingo de maio

Escrever sobre ela é como estar diante do Grand Canyon e tentar descrevê-lo pelo telefone. Sabe, por mais que você falesse da beleza e da imensidão de um fenômeno magnífico da natureza, não haveria palavras suficientes para expressar o infinito daquela imagem e a pessoa que esta do outro lado da linha jamais conseguiria sentir o que você estaria passando naquele momento. Motivos é o que não faltam para eu admirá-la, exemplos é o que tenho em excesso para inspirar-me nela e a felicidade só acontece mesmo quando estou ao seu lado. Juro, temos um amor tão intenso que parece que ainda somos uma só, como antes do meu nascimento.Estar com ela não significa apenas ter uma pessoa do meu lado... É muito mais: é saber que independentemente do que aconteça eu estou segura, é ser olhada e compreendida, é ouvir todas as respostas dos meus problemas sem trocarmos uma palavra, é conhecer o paraíso quando sorri para mim, é ver o futuro quando ela me conta dos sonhos, é sentir o infinito quando me abraça, é ter a certeza de que a vida vale a pena quando os batimentos dos nossos corações entram em sintonia. Cada vez que dissemos tchau surge uma lágrima, as vezes ela nem escorre, mas persiste ali dentro de nós como uma ferida latente que não se catrizará enquanto não nos reencontrarmos.
Todas as vezes que eu penso nela, a lembrança de toda a minha vida resurge nos meus pensamentos:
(...)
Ah... eu ainda lembro de tanta vida, tanta coisa, momentos que eu não esqueço não sei se porque não os quero esquecer ou porque existem coisas impossíveis de se esquecer. Sei apenas que me lembro de cada vez que sorrimos juntos, cada vez que sofremos juntas, cada vez que choramos juntas, cada vez que nos preocupamos juntas... Sempre juntas! Não sei porque eu tive que crescer (nesse instante a água salgada embasa os meus olhos)! Sabe, quando eu olho para trás, vejo o quanto tivemos uma vida perfeita, claro que com alguns tropeços afinal é impossível acertar sempre, mas era tudo tão lindo, tão profundo! Não queria ter que estar longe dela nunca. Sem ela falta um pedaço de mim.
(...)
Há momentos em que eu acredito que a vida é muito cruel por causar essa saudade! Por me impulsionar a construir a minha própria vida, ir atrás dos meus objetivos. Estava tudo tão bem, tão certo, por que o futuro tinha que chegar? Por mais doloroso que isso seja, tem que ser assim não!? A minha vida inteira, eu cresci achando que estava brincando, quando na realidade eu estava aprendendo a viver! Repare, todos os momentos são grandes lições. Ela me ensinou isso bem, da maneira mais sutil, mais delicada, ela me ensinou a dureza da jornada, os perigos do caminho, a importância da luta, a coragem para enfrentar, a garra para arriscar, a força para levantar, a vontade de sonhar e principalmente onde encontrar a paz quando o resto faltar. Ela me ensinou andar, falar, rezar, cozinhar, arrumar a casa, batalhar... Ela me ensinou a ser mulher! Falando de mim, eu falei muito mais dela! Não apenas por ser o seu espelho, mas por ter a certeza de que tudo o que eu sou é devido a ela. Ela me deu a vida, faz parte da minha vida e é a minha vida! Eu sei apenas que preciso dela. Porque é nela que esta a minha razão de viver, é por ela que eu quero vencer, é para ela que eu quero dar orgulho... Um dia, eu juro, quero fazer ela se sentir a pessoa mais feliz do mundo, porque é isso que ela fez de mim a vida inteira!
De vez em quando temos que seguir caminhos duros, não porque queremos, mas porque precisamos. E, sei que as vitórias exigem esforços... Temos que nos sacrificar um pouquinho hoje, para ser feliz amanhã (espero que isso realmente faça sentido). Para mim, é bem díficil estar aqui e tenho certeza que também é assim para ela, de vez em quando bate aquela dúvida e eu penso em desistir de tudo, mas depois eu me lembro dela. E a mesma razão que me faz querer desistir, para estar ao seu lado, é a mesma que me faz ficar, quando lembro que ela me ensinou a nunca desistir dos meus sonhos! Bizarro né? O mais difícil de tudo isso é ter que chorar em um dia em que eu queria estar sorrindo. É o primeiro dia das mães que eu passo longe dela e isso está apertando o meu coração porque ela não merecia isso, ela merecia meu abraço. Embora eu já tenha lhe dado o presente, embora eu tenha passado alguns dias ao lado dela (e todos os dias são dias das mães quando estamos juntas), é diferente!
E já que é diferente, eu queria pelo menos mostrar a ela um pouco de tudo o que eu sinto, tudo o que ela representa na minha vida... Mas como disse no começo, é como o Grand Canyon, por mais que eu fale, nunca chegará aos pés da imensidão do que ela é. Ela é a minha mãe! Aonde quer que estejamos, eu sinto ela por perto! Isso vai muito além das explicações de física: eu a tenho dentro de mim, num lugar que ninguém toca, ninguém tira, ninguém muda! Ela está no meu coração... Eu a amo incondicionalmente! Só queria dizer mesmo: FELIZ DIA DAS MÃES!

Um comentário:

Gabriel Mantelli disse...

"Escrever sobre ela é como estar diante do Grand Canyon e tentar descrevê-lo pelo telefone." Preciso mesmo comentar? Genial!