quinta-feira, 30 de abril de 2009

A cura

Ontem, as 'dores vulgares' fizeram-me acordar chorando de madrugada e sem pensar duas vezes, mandei uma mensagem ao meu pai. Resumindo o conteúdo, eu dizia: "Não aguento mais ficar sozinha". Em seguida, meu celular tocou, uma voz de sono lamentava a minha dor e ficava ainda mais triste por não poder fazer nada naquele momento! Porém como todo coração de pai, a solução foi colocar-me em seus braços o mais rápido possível... Pediu para que eu pegasse o primeiro avião e ordenou o que eu tanto queria ouvir: "Venha para casa!"
Entre as minhas lágrimas, surgiu um sorriso tímido... Passei o resto da madrugada arrumando uma mala toda improvisada e bagunçada, mas era a melhor mala da minha vida.
Durante os 48 minutos de viagem, eu olhava as nuvens, imaginava desenhos, admirava os campos de plantações e percebia o tanto que somos frágeis diante de uma imensidão... Eu lembrava da minha infância, idealizava a época em que eu não tinha problemas, ou melhor, até os tinha, só que alguém sempre os resolvia para mim... O passarinho procurava o ninho, voltava ao passado, sorria!
O reencontro, o abraço forte, a vontade de chorar... Sim, eram meus pais cuidando de mim. A partir daquele instante, tenho certeza que já comecei a me curar. Mesmo assim, a primeira pessoa que procuramos foi meu médico... E que alívio que senti ao ouvir a segurança dele me dizendo o que eu tinha –era mesmo agudo - e garantindo que depois de ‘mais uma injeção’ e alguns remedinhos estaria melhor!
E foi exatamente assim, depois de três noites em claro, eu durmi tranquilamente e acordei bem melhor!
Tenho certeza que a melhora não veio apenas por causa dos remédios certo, mas também por causa do amor, bem perto, bem quente, bem família.

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