terça-feira, 28 de abril de 2009

Sem remédios

Já repararam como a vida tem mania de pegar a gente de surpresa? Infelizmente, as vezes, essa surpresa é negativa.. Gostaria muito de entender esses mistérios, mas quem sou eu para compreender certos absurdos se não entendo nem porque estou aqui?
Esses dias uma inflamação me encontrou! Maldita, justo eu que estava tão quietinha, escondida do frio e sem fazer mal a ninguém... Mesmo assim, 'páá', lá estava ela tomando posse do meu sistema imunológico, atacando aos poucos, sem piedade, tirando de mim o prazer de comer e trazendo a dor! E que dor.
Sou forte, fui resistindo... Só que, então, tudo desaba. Ela me trouxe também a vontade de gritar o que sempre me curava: MÃE. Meu eco e de resposta um vazio. Tentei outro remédio que também funcionava: PAI. E, mais uma vez, nada! E agora? O que fazer? A quem recorrer? É, eu estava mesmo sozinha. Eu teria que 'me virar'. Porém antes da coragem de sair dos meus endredons, veio a nostalgia, nostalgia, a nostalgia veio! Lágrimas, suspiros, mais dor e então aconteceu pela segunda vez em menos de um mês: uma vontade de desistir! É, sei lá, de arrumar minhas malas, pegar o primeiro ônibus e 'voltar para casa', e ficar!
Agora entendo o que são as mudanças, um dia o que era festa acaba, a rotina chega, a saudade aumenta... E lateja, lateja, lateja...
Sinto-me como um pássaro que aprendeu a voar, foi conhecer o mundo que ele tanto idealizava, e um belo dia quebrou as asas, tentou procurar seu ninho e quando chegou bem perto dele, pensou 'será que estou grande demais para caber ai?'... e completou 'mas ainda sou tão pequeno para o mundo'.


... e que mundo!

Um comentário:

Charlos Pig disse...

E eu que não queria cair nessas dores vulgares