segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Machadiano

Esse merece aplausos:

"Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839."
Fez de sua vida uma verdadeira vitória, enfrentou problemas raciais, econômicos e nunca parou de lutar, aprendeu francês e inglês sozinho e escreveu textos para serem eternizados. Ele se apaixonou por Carolina Xavier de Novaes com quem viveu 35 anos. Muito doente, solitário e triste depois da morte da esposa, Machado morreu em
29 de setembro de 1908.
Hoje o Brasil lamenta o centenário da ausência de um grande homem. Um dos nossos maiores orgulhos nacionais. Com certeza um escritor que terá seus livros lidos por muito tempo.

"Eu não sou homem que recuse elogios. Amo-os; eles fazem bem à alma e até ao corpo. As melhores digestões da minha vida são as dos jantares em que sou brindado". Machado de Assis

sábado, 27 de setembro de 2008

Sem diferença

Já conheci o sabor amargo de engolir derrotas, foram tantas. Algumas eu fiz questão de esquecer, outras eu prefiro guardar para que sirvam de lição. Se dizem que errar é humano, por que eu também não poderia? O que me dói mesmo não é me deparar com o fracasso, todavia olhar nos olhos dos que tanto esperavam de mim e ver lágrima cheias de pena, isso machuca o meu coração: decepcionar! E mesmo assim, olha ao meu redor e vê quem me acolheu? Como se eu fizesse tudo certo e o mundo tivesse errado.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

About ...

E de repente me olhou com aqueles olhos vivos e azuis e disse que precisava me contar uma coisa séria. Respirou fundo e com tristeza na voz soltou algumas palavras doces com sentidos amargos. Confiou tanto em mim que nem parecia que nos conhecemos a apenas 2 meses. Era verdade, eu sabia, mas já não doia no meu coração. E com um jeito amigável nós nos olhamos e tudo passou para os dois lados. Simplesmente, eu tive a prova da nossa amizade em um idioma que não era o meu. Depois peguei um dicionário bilingue e procurei uma palavra que eu não conhecia, apenas para dizer que ela definitivamente ajudou-me a encerrar um capítulo que me encomodava.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Resultado de um ato qualquer

É que não me importa a causa. O que me importa é o efeito. E amanhã seria só o começo...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Beija-flor

Os beija-flores são aves de pequeno porte, que medem em média 6 a 12 cm de comprimento e pesam 2 a 6 gramas. Eles têm a língua bifurcada e extensível, usada para extrair o néctar das flores. O esqueleto e constituição muscular dos beija-flores estão adaptados de forma a permitir um vôo rápido e extremamente ágil. São as únicas aves capazes de voar em marcha-ré e de permanecer imóveis no ar. Vivem em média 12 anos e seu tempo de gestação é de 13 á 15 dias.
Eu sempre acompanho os vôos dos beija-flores na chacará da minha avó, fico encantada com cada um deles, sempre surpreendente como se o ar fosse só um mundo mágico de brincadeiras. É incrível também a forma como eles sempre parecem que vão trombar em tudo, mas nunca bateram em nenhum obstáculo. O mais interessante é quando elas vêm beber aguá naqueles potinhos que têm algumas flores artificiais do lado, elas literalmente param no ar e aproveitam cada gotícula doce da água. E isso faz a felicidade delas. As cousas mais pequeninas da vida podem ter grandes emoções. Elas são livres.
Hoje, aqui mesmo na cidade, eu fiz um beija flor feliz ao colocar água em um desses potinhos que antes estava seco. Não esperei tempo suficiente para ver ele descer e beber a sua aguinha. Mas não me importa, pelo simples fato deu reconhecer que fiz a minha parte, sim eu tentei, já me faz muito bem. E que sabe um dia, ela não queira retribuir essa minha boa ação e venha me ensinar o segredo de um vôo tão lindo, feliz e com gostinho de liberdade.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Salgado de menos

Depois que o sal insistiu em ficar no meu rosto, decidi não pensar. Quem ficará no futuro?

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Fuga

As vezes tudo o que eu quero é fugir dessa sociedade.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Academia

Enquanto corria na esteira da academia, observava o modo de ser de cada um que lá estava presente. É interessantíssima a forma como ninguém se parece com ninguém e ao mesmo tempo todos são tão semelhantes. E eu não estou falando da forma física, mas das vidas: uns deixam filhos famintos em casa, outros algumas tarefas domésticas, há ainda aqueles que largam trabalho ou estudos e também os que fazem tudo isso e apesar do cansaço, encontram animo para ir à academia. Talvez seja uma questão de obrigação para alguns, entretanto todas as vidas tão distintas têm um mesmo objetivo: estética e saúde.
É complicado saber o que as pessoas estão pensando, só que se torna tão obvio: basta olhar para cada atleta e ver seus rostos sérios, olhares preocupados e uma concentração incrível. Na verdade, cada ser ali presente está ausente... Não deixaram de pensar nos problemas que têm no trabalho, em casa, na escola. E todas essas histórias de vidas se cruzam, em poucos instantes, na hora de revezar um aparelho. Não existe lógica que explique essas aproximações inúteis, pois dali a pouco tempo todos os corpos que passaram uns ao lado dos outros serão descartados no lixo, coisas que a memória não aproveita. Não guarda. Não usa. Vidas que têm um mesmo objetivo e caminhos tão diferentes.
E quantas coisas na vida não são como uma academia?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Já fechei os olhos

Sem gorverno, sem coração... Qual a lei da sobrevivência?
O mundo grita: "socorro" e ninguém faz nada por ele. Estou cheia de assistir ao desmatamento, enchentes, secas, furacões, tornados, destruição de casas, órfãos vítimas da violência, humanos sem ter o que comer ou aonde dormir, bebês sendo sacrificados, garotos da alta sociedade usando drogas, lavagem de dinheiro, poluição, doenças e doenças, ar seco, temperatura cada dia mais insuportável, chuva de gelo, educação a baixo nível, animais em extinção, bandido solto, extrupador no parque infantil, lixo sem destino, horror! ... e que horror.
Eu nunca fui tão pessimista assim, só que agora eu já tenho certeza que o fim do mundo está perto! E fomos nós mesmo que quisemos asssim.
... E ainda tem uns que acordam e dizem "- Por que meu Deus?" Será que nunca irão aprender a assumir a própria culpa?
Os homens construiram o degrau que os levarão ao abismo e o mundo realmente acabará cego.

domingo, 14 de setembro de 2008

Os monstros voltaram

Eu criei monstros e me perdi no meio deles na noite de maior escuridão. Acredito que deve ser por causa do medo, afinal, eu tenho medo do que não vejo. Só do que eu não vejo. Talvez seja melhor, na noite que vem, ficar acordada... vai que é mesmo só imaginação. Quem vai me proteger? Não vou sobrar de vítima das circunstâncias. Cansei. E agora eu considero justa toda a falta... Sou grande o suficiênte para poder chorar.


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Segunda a sexta

Meu dia começa com o sorriso do porteiro, depois é a vez do bom dia dos meu amigos e então o olá cansativo dos meus professores. Durante as aulas o sufoco de aprender e o irritante sacrifício de ter que conviver com quem não sabe respeitar. No intervalo do primeiro tempo vem minha primeira distração, alguns dias um croassant, outros um chocolate e nos mais lights uma barrinha de cereal. Depois continua a mesma crise socioeducacional. No segundo tempo eu aproveito bem os 10 preciosos minutos para encarar mais um pouco de tortura. Hora de ir almoçar, muitos nunca falam tchau, acham desnecessário a despedida. Em casa, eu almoço sozinha enquanto meus pais dormem e meu irmão se diverte no computador. Eu espero a sobremesa, meus pais dizem olá e meu irmão briga comigo. A tarde é mais uma correria, estudos, provas, cursos, academia. Ao anoitecer, arrisco umas notas do meu violão e raramente passeio com minha cachorra. Entre as 18 e as 19 horas, eu sou da minha família: conversamos! Depois cada um volta aos seus compromissos. Jantamos umas 2 vezes por semana juntos. Assisto ao jornal nacional, dou uma passadinha pela internet, leio. No meu quarto faz um frio artificial, eu rezo, sonho, planejo e fecho os olhos para encerrar mais um dia cumprido e comprido. E dali a algumas horas, tudo começa outra vez.