É que meu mundo está pequeno demais para aguentar tanta confusão. Juro que não entendo essa bagunça... Pela manhã, quando olho no espelho - com o cabelo ainda despenteado e a cara um pouco inchada - descubro que acabei de matar todos os meus sonhos, destruí uma menina feliz e cheia de esperanças e naquele momento, eu sai da minha abóbora encantada para pisar na dura realidade, nesse mundo nu e cru como si só, nesse lugar cinza onde nem o sol consegue brilhar. Enquanto eu tento disfarçar a cara pálida com um pouco de blush, eu percebo que minha vida também está cercada de disfarces, eu escondo quem sou, como estou... Mas quem é que eu estou querendo enganar?
Lá vem ela devagarinho
atormentar meu coração,
como num romance sem final,
como 'a paixão dos suicídas
que se matam sem explicação'
(...)
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